sábado, 21 de julho de 2012

Texto Mídias-educação no contexto escolar

As Mídias no Contexto Escolar


Por: Edvania Santos Correia

As escolas, de modo geral, estão buscando preparação para a utilização das mídias na educação, investindo em formação continuada de professores através de cursos presenciais e a distância. Equipando o ambiente escolar ao transformar salas de aula tradicionais em laboratórios de informática e outros ambientes, em sala da TV escola ou em laboratórios multidisciplinares de  química, física, biologia e matemática. Com isso, adapta a escola para propiciar acesso e qualidade no uso das mídias em sala de aula.

Vários fatores podem está contribuindo para colaborar com a preparação dos professores no manuseio e na aplicabilidade desses recursos dentro da escola: um ambiente apropriado (sala de multimídia, biblioteca, sala de leitura, laboratórios); o investimento em cursos de formação continuada para a atualização desses profissionais no acesso à informação, ao conhecimento e ao manuseio das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação).

A acessibilidade às mídias e tecnologias permitirá o manuseio, a criatividade na utilização desse recurso, a percepção sobre a necessidade de conhecimento, de planejamento e de organização, propiciando oportunidades para a ressignificação desses recursos didáticos no processo de ensino-aprendizagem.

A aplicabilidade das TICs favorecerá o investimento no ambiente escolar, possibilitando a construção de projetos educativos que desenvolvam a autonomia dos alunos enquanto sujeitos de sua aprendizagem, bem como, favorecerá a interação entre alunos e professores na operacionalização de uma aula dinâmica e participativa, com o uso da escrita, da oralidade, do som e da imagem estática ou não. Substratos oferecidos pelas mídias que irão enriquecer o trabalho de professores e alunos no chão da escola.

O papel dos administradores nesse processo educativo é fundamental, pois como principal mediador poderá possibilitar o acesso de professores e alunos na utilização das mídias e tecnologias dentro da escola: garantir a freqüência aos cursos de atualização, através da formação continuada de professores; ou mesmo trazer esses cursos para dentro das escolas (nas formações em serviço); promover programas de integração entre a escola e a comunidade e entre a escola e o centro de formação de professores, propiciando a construção do conhecimento, a cultura de estudo e socialização de vivências pedagógicas entre os educadores, os projetos de leitura, a contextualização com a introdução do jornal, das revistas, do rádio, da tv e da internet na escola.

Democratizar o acesso à informação e ao conhecimento no contexto escolar apresenta-se como o novo desafio para a educação (para aqueles que se predispõem a lidar com a educação) e, ao mesmo tempo, é uma nova maneira de articular o aluno, o professor, a informação e o conhecimento.

Autoria: Edvânia Santos Correia. Professora graduada em Ciências Biológicas/UFAL, pós-graduanda em Mídias na Educação que atua com o Processo de Formação Continuada de Professores pelo GFM/SEMED e com o ensino de Biologia e Ciências Naturais. 

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IMPORTÂNCIA DE PROJETOS

A IMPOTÂNCIA DOS PROJETOS NA VIDA DE UM EDUCADOR

Atualmente uma das temáticas que vem sendo discutida no cenário educacional é o trabalho por projetos. Essa diversidade de projetos que circula frequentemente no âmbito do sitema de ensino, muitas vezes, deixa o professor preocupado para saber como situar a sua prática pedagógica em termos de propiciar aos alunos uma nova forma de aprender integrando as diferentes mídias nas atividades do espaço escolar. Na pedagógia de projetos, o aluno aprende no processo de produzir, de levantar dúvidas, de pesquisar e de criar relações, que incentivam novas buscas, descobertas, compreensões e reconstruções de conhecimento. O papel do professor deixa de ser aquele que ensina por meio de transmição de informações para criar situações de aprendizagem cujo foco incide sobre as relações que se estabelecem neste processo, cabendo o prpfessor mediar para que o aluno possa encontrar sentido naquilo que está aprendendo.

PROJETO DE LEITURA DO 5º ANO UTILIZANDO TICS

REALIZADO NA SALA DE TECNOLOGIA EM PARCERIA COM A BIBLIOTECA

A E.M. André de Melo, através da Sala de Tecnologias realizará o Projeto Literario: Autores Infantis Brasileiros,  que nasceu da vontade de mostrar aos alunos a as demais pessoas interessadas da comunidade escolar, a extensa variedade de livros que existem em nossa cultura. O intuito está na formação de leitores a partir do estímulo à leitura dos mais diversos tipos de textos. Acredita-se que se aprende a ser leitor lendo, construindo opiniões e gosto literário, refletindo sobre a função de cada texto, utilizando-o na vida e na construção de conhecimento do mundo. Pretende-se com a realização deste projeto que os alunos desenvolva comportamento de leitores e consequentemente de escritores,ampliando o repertório de obras, construindo sua autonomia, expressando sentimentos, idéias e opiniões com base na leitura. O projeto deverá atender aos alunos de 5º ano na sala de tecnologias e na biblioteca, com agendamento prévio. O assunto a ser tratado será de acordo com o autor trabalhado no  calendério escolar e da agenda.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO

Desafio aos professores: aliar tecnologia e educação

Nathalia Goulart
Guilherme Canela Godoi Guilherme Canela Godoi (Arquivo Pessoal)
Seja por meio de celular, computador ou TV via satélite, as diferentes tecnologias já fazem parte do dia a dia de alunos e professores de qualquer escola. Contudo, fazer com que essas ferramentas de fato auxiliem o ensino e a produção de conhecimento em sala de aula não é tarefa fácil: exige treinamento dos mestres. A avaliação é de Guilherme Canela Godoi, coordenador de comunicação e informação no Brasil da Unesco, braço da ONU dedicado à ciência e à educação. "Ainda não conseguimos desenvolver de forma massiva metodologias para que os professores possam fazer uso dessa ampla gama de tecnologias da informação e comunicação, que poderiam ser úteis no ambiente educacional." O desafio é mundial. Mas pode ser ainda mais severo no Brasil, devido a eventuais lacunas na formação e atualização de professores e a limitações de acesso à internet - problema que afeta docentes e estudantes. Na entrevista a seguir, Godoi comenta os desafios que professores, pais e nações terão pela frente para tirar proveito da combinação tecnologia e educação.
Qual a extensão do uso das novas tecnologias nas escolas brasileiras?Infelizmente, não existem dados confiáveis que permitam afirmar se as tecnologias são muito ou pouco utilizadas nas escolas brasileiras. Censos educacionais realizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) mostram que a maioria das escolas públicas já tem à sua disposição uma série de tecnologias. No entanto, a presença dessas ferramentas não significa necessariamente uso adequado delas. O que de fato se nota é que ainda não conseguimos desenvolver de forma massiva metodologias para que os professores possam fazer uso dessa ampla gama de tecnologias da informação e comunicação, que poderiam ser úteis no ambiente educacional.
Quais devem ser as políticas públicas para incentivar as tecnologias em sala de aula?Elas precisam ter um componente fundamental de formação e atualização de professores, de forma que a tecnologia seja de fato incorporada no currículo escolar, e não vista apenas como um acessório ou aparato marginal. É preciso pensar como incorporá-la no dia a dia da educação de maneira definitiva. Depois, é preciso levar em conta a construção de conteúdos inovadores, que usem todo o potencial dessas tecnologias. Não basta usar os recursos tecnológicos para projetar em uma tela a equação "2 + 2 = 4". Você pode escrever isso no quadro negro, com giz. A questão é como ensinar a matemática de uma maneira que só é possível por meio das novas tecnologias, porque elas fornecem possibilidades de construção do conhecimento que o quadro negro e o giz não permitem. Por fim, é preciso preocupar-se com a avaliação dos resultados para saber se essas políticas de fato fazem a diferença.
As novas tecnologias já fazem parte da formação dos professores?Ainda é preciso avançar muito. Os dados disponíveis mostram que, infelizmente, ainda é muito incipiente a formação de professores com a perspectiva de criação de competências no uso das tecnologias na escola. Com relação à formação continuada, ou seja, à atualização daqueles profissionais que já estão em serviço, aparentemente nós temos avanços um pouco mais concretos. Há uma série de programas disponíveis que oferecem recursos a eles.
Para os alunos, qual o impacto de conviver com professores ambientados com as novas tecnologias?
As avaliações mais sólidas a esse respeito estão acontecendo no âmbito da União Europeia. Elas mostram que a introdução das tecnologias nas escolas aliada a professores capacitados têm feito a diferença em alguma áreas, aumentando, por exemplo, o potencial comunicativo dos alunos.
As relações dentro da sala de aula mudam com a chegada da tecnologia?O que tem acontecido - e acho que isso é positivo, se bem aproveitado - é que a relação de poder professor-aluno ganha uma nova dinâmica com a incorporação das novas tecnologias. Isso acontece porque os alunos têm uma familiaridade muito grande com essas novidades e podem se inserir no ambiente da sala de aula de uma maneira muito diferente. Assim, a relação com o professor fica menos autoritária e mais colaborativa na construção do conhecimento.
É comum imaginar que em países com um alto nível educacional a integração das novas tecnologias aconteça mais rapidamente. Já em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde muitas vezes o professor tem uma formação deficitária, a incorporação seja mais lenta. Esse pensamento é correto?
Grandes questões sobre o assunto não se colocam apenas para países em desenvolvimento. É o caso, por exemplo, de discussões sobre como melhor usar a tecnologia e como treinar professores. O mundo todo discute esses temas, porque essas novas ferramentas convergentes são um fenômeno recente. Porém, também é correto pensar que nações onde as pessoas são mais conectadas e têm mais acesso a dispositivos devem adotar a tecnologia em sala de aula de modo mais amplo e produtivo. Outro fenômeno detectado no mundo todo é o chamado "gap geracional", ou seja, os professores não nasceram digitalizados, enquanto seus alunos, sim.
O senhor vê algum tipo de resistência nas escolas brasileiras à incorporação da tecnologia?
Não acredito que haja uma resistência no sentido de o professor acreditar que a tecnologia é maléfica, mas, sim, no sentido de que ele não sabe como utilizar as novidades. Não se trata de saber ou não usar um computador. Isso é o menor dos problemas. A questão em jogo é como usar equipamentos e recursos tecnológicos em benefício da educação, para fins pedagógicos. Esse é o pulo do gato.
Quais os passos para superar a formação deficitária dos professores?A Unesco sintetizou em livros seu material de apoio, chamado Padrões de Competências em Tecnologia da Informação e da Comunicação para Professores. Ali, dividimos o aprendizado em três grandes pilares. O primeiro é a alfabetização tecnológica, ou seja, ensinamos a usar as máquinas. O segundo é o aprofundamento do conhecimento. O terceiro pilar é chamado de criação do conhecimento. Ele se refere a uma situação em que as tecnologias estão tão incorporadas por professores e alunos que eles passam a produzir conhecimento a partir delas. É o caso das redes sociais. É importante lembrar que esse processo não é trivial, ele precisa estar inserido na lógica da formação do professor. Não se deve achar que a simples distribuição de equipamentos resolve o problema.

sábado, 5 de novembro de 2011

Escolaridade!

No Brasil, levando-se em conta as taxas de escolarização por grupos de idade e cor, alguns aspectos chamam a atenção.

Independente do grupo de cor e da região do país, pode-se dizer que praticamente toda a população de 7 a 14 anos de idade estava na escola em 2002. Porém, de uma maneira geral, as taxas de escolarização para os demais grupos de idade foram maiores para a população branca quando comparada à preta e parda.

Ao se avaliar o nível de ensino freqüentado por pessoas com 15 anos ou mais de idade, fica mais evidente o grau de desigualdade de acordo com a cor.

Enquanto metade dos brancos com idade entre 15 e 24 anos estava cursando o ensino médio, a mesma proporção de pretos e pardos ainda cursava o nível fundamental. No nível superior essa desigualdade se repete: 21,7% dos brancos e 5,6% dos pretos e pardos cursam nível superior.

Com o aumento das faixas etárias, as diferenças se acentuam ainda mais. Veja:

* 15 a 17 anos è 60% dos brancos e 36,3% dos pretos e pardos já haviam cursado o ensino médio
* 18 a 19 anos è 23,9% dos brancos e 5,3% dos pretos e pardos cursavam o ensino superior
* 20 a 24 anos è 57,2% dos brancos e 18,4% dos pretos e pardos cursavam o ensino superior

Analfabetismo funcional

Em geral, as taxas de analfabetismo funcional de pretos e pardos são maiores que as encontradas para os brancos. Para se ter idéia, na Paraíba e em Alagoas mais da metade da população de pretos e pardos tinha até três anos de estudo, em 2002.

Dia da conciência negra!

História do Dia Nacional da Consciência Negra

Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.

A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.

Importância da Data

A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.

A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão.

Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.